sábado, 10 de maio de 2014

O Perfil do Treinador


O treinador é um benévolo voluntário como profissional a tempo inteiro. (Marques, 2000)

Os treinadores podem ser classificados em 3 patamares (Salmela,1994)

  • Treinador Iniciado
  • Treinador em Desenvolvimento
  • Treinador Experiente

CARACTERÍSTICAS:
  • Organização
  • Entusiasmo
  • Capacidade de comunicação
  • Formação técnica
  • Responsabilidade
  • Vontade de aprender
  • Valores éticos
  • Espírito de equipe
  • Capacidade de relacionamento


COMPONENTES DE INTERVENÇÃO:
  • Técnica
  • Hábitos de Treino
  • Hábitos de Vida
  • Comportamentos
  • Motivação

LINHAS DO TREINADOR/ LINHA DOS PAIS
  • Promover, defender os valores de honestidade, dignidade e solidariedade;
  • Acentuar o significado de afiliação e de partilha, do jovem a um grupo ou equipa;
  • Encarar o treino como um momento especial para procurar permanentemente a superação e afirmação;
  • Incutir uma aprendizagem com alegria e gosto pelo que se está a fazer;
  • Definir a importância da vitória no ambiente desportivo juvenil;
  • Demonstrar qual a importância e significado da competição para os jovens;

TREINADOR ASSISTENTE

Desempenha papel fundamental, não sendo um mero executor, sendo importante ser reconhecido, pois fornece contributos únicos para o trabalho comum. (Borges, 2012)

  • Dever ser leal com o treinador principal;
  • Estudioso;
  • Boa imagem;
  • Dedicado;
  • Opinião própria;
  • Competente antes de ser criativo;
  • Leal com o programa;



TREINADOR PRINCIPAL

Conceber, planificar, executar, avaliar os procedimentos do treino, coordenar uma equipa, desenvolver estratégias, organizar descobertas de talentos, formular, cooperar na formação dos programas, produzindo documentos didáticos, conceber, organizar, promover atividade desportiva e seguir a evolução dos conhecimentos. (Weineck, 1986)


  • Assumir função de mentor;
  • Interesse e compromisso;
  • Boa personalidade;
  • Grande domínio das competências;
  • Participação em investigação;
  • Clareza;
  • Muito organizado;
  • Valores sociais;
  • Perseverante;
  • Ambicioso;
  • Aspiração de sucesso;
  • Sede de conhecimento;
  • Positivismo;
  • Controlar emoções;
  • Inflexíveis em defender o que acredita;


Deve ser conhecedor de tudo que diz respeito a sua modalidade.
Deve possuir 3 valores importantes, honestidade, credibilidade e integridade.
Deve ser Treinador, Educador, Gestor e Líder.


COMPORTAMENTO

  • Ser pontual nos treinos;
  • Preparar todos equipamentos;
  • Disponibilidade;
  • Planeamento;
  • Comunicar;
  • Cumprir e fazer cumprir;
  • Criar ambiente motivador;
  • Monitorizar;
  • Treinar como se compete;
  • Balanço do treino;
  • Fornecer informações;
  • Finalizar;

"O treinador deve ser sempre o primeiro a chegar e o último a sair."


COMPORTAMENTO NA COMPETIÇÃO
  • Preparação prévia;
  • Pontualidade;
  • Organização;
  • Espírito de grupo;
  • Distribuições de rotinas;
  • Últimas indicações;
  • Monitorizar os atletas;
  • Fornecer suporte;
  • Postura tranquila;

AVALIAÇÃO DOS TREINADORES
  • Resultados desportivos do grupo;
  • Resultados acadêmicos do grupo;
  • Comportamento ético dos atletas;
  • Responsabilidade na escolha dos atletas;
  • Capacidade recrutamento dos atletas;
  • Satisfação dos atletas;












FONTE: UNIDADE CURRICULAR DESPORTO DE ALTO RENDIMENTO, FACULDADE DE CIÊNCIAS DO DESPORTO E DA EDUCAÇÃO FÍSICA

domingo, 4 de maio de 2014

Estatística Parte II


CORRELAÇÃO: Mede o grau de associação linear entre variáveis. Existem vários coeficientes de correlação, que variam, em valor absoluto, entre O e 1. Quanto mais próximo de 1, mais forte é a associação entre as variáveis. Se assumir valores positivos, as variáveis evoluem no mesmo sentido, enquanto que se assumir valores negativos, as variáveis evoluem em sentido inverso.





TESTES NÃO PARAMÉTRICOS: São os procedimentos mais simples para testar hipóteses pré- estabelecidas. Utilizam-se quando não estão reunidas as condições de aplicabilidade para os testes paramétricos. As variáveis envolvidas são tipicamente qualitativas (nominais ou ordinais) ou , no caso de variáveis quantitativas.


ESCOLHENDO OS TESTES:

TESTE DE PEARSON=   É  o mais poderoso e apenas pode ser utilizado em variáveis quantitativas - de nível intervalar ou superior. A hipótese nula do teste normalmente postula que a correlação entre as variáveis é zero.

TESTE DE SPEARMAN=  Os coeficientes de correlação de Spearman é mais popular mas, quando existem muitos empates nas ordenações. Calculam-se para variáveis de nível pelos menos ordinal.

TESTE DO QUI-QUADRADO= É utilizado para variáveis nominais ou ordinais. Não faz sentido calcular médias. daí trabalhar-se com frequências (número de ocorrências de uma determinada categoria da variável).

O número de sujeitos que irá determinar:

PARAMÉTRICO - 2 variáveis quantitativas = PEARSON
NÃO PARAMÉTRICA- 1 variável quantitativa + 1 variável qualitativa= SPEARMAN
NÃO PARAMÉTRICA- 2 variáveis qualitativas = QUI-QUADRADO


TESTE DE MANN-WHITNEY=  Permite detectar diferenças significativas entre os valores centrais de duas situações, quando se consideram sujeitos diferentes. Representa a alternativa não paramétrica ao teste t-student.

TESTE DE WILCOXON=  Permite detectar diferenças significativas entre os valores centrais de duas situações, quando se consideram os mesmos sujeitos. Aplica-se em variáveis de nível pelo menos ordinal, sendo baseado em valores em ordenações (e não em valores exatos).

TESTE DE KRUSKALL-WALLIS=  Permite detectar diferenças significativas entre os valores centrais de três ou mais situações, quando se consideram sujeitos diferentes. Aplica-se em variáveis de nível pelo menos ordinal, sendo baseado em ordenações (e não em valores exatos).

TESTE DE FRIEDMAN=  Permite detectar diferenças significativas entre os valores centrais de três ou mais situações, quando se consideram os mesmos sujeitos.









FONTE: UNIDADE CURRICULAR MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO EM CIÊNCIAS DO DESPORTO E DA EDUCAÇÃO FÍSICA, FACULDADE DE CIÊNCIAS DO DESPORTO E DA EDUCAÇÃO FÍSICA.

sábado, 3 de maio de 2014

Noções Estatísticas



DEFINIÇÃO: Ciência que recolher, ordena e analisa os dados de uma amostra. Visa a elaboração de uma síntese numérica que evidencie o que de mais generalização e significativo existe em um conjunto numeroso de observação.


POPULAÇÃO: Conjunto de pessoas, objetos o fatos, cada elemento da população chama-se UNIDADE DE ESTATÍSTICA

  • critérios de exclusão/ inclusão
  • população finita/ infinita
  • população real/ hipotética


AMOSTRA: Subconjunto da população

  • representativa / não tendenciosa
  • todos indivíduos deve ter a mesma hipótese
  • não ser constituída por indivíduos especiais



MORTALIDADE EXPERIMENTAL OU LIXO: Desistentes, indivíduos que morrem, são eliminados na amostra.

CARACTERÍSTICAS DOS SUJEITOS OU VARIÁVEIS: Atributos ou Carácter 
  • Qualitativos ( não mensuráveis) - raça, gênero
  • Quantitativos ( mensuráveis) - descontínuos ( nº de filhos, nº de livros) não admite casas decimais.
  •                       - contínuos ( peso, altura) admite casas decimais.

OBS: Por norma variáveis para dar média e desvio padrão deve ser obrigatoriamente quantitativa.

MARGEM DE ERRO: 5% para ciências humanas e sociais ou seja de 100/5 pode estar errada.

MODALIDADE: Um carácter pode ter duas ou mais situações que são suas modalidade, de maneira que cada elemento da população pertença a uma só modalidade.
  • Exaustivo
  • Incompatível

DICOTOMIZAÇÃO: Quando uma variável não é possível fazer exaustivamente.

VARIÁVEL DEPENDENTE X VARIÁVEL INDEPENDENTE:  Ambos dependem do contexto do estudo.

ESTATÍSTICA DESCRITIVA: Recolhe, organiza, analisa os dados sem tirar qualquer conclusão.

ESTATÍSTICA INDUTIVA ou INFERENCIAL: recolhe, organiza, estabelece ( generalização)





ESTATÍSTICA PARAMÉTRICA                   ESTATÍSTICA NÃO PARAMÉTRICA
  •  > 30                                                                                    <30
  • Normalidade da distribuição                          Não exige normalidade
  • exige distribuição normal                               Não exige distribuição normal
  • Homogeneidade da variância                         Não exige homogeneidade 


ANÁ (RECOLHA DE DADOS)
  • DESCRIÇÃO= Conjunto de operações
  • ANÁLISE= Tirar conclusões
  • PREDIÇÃO= Previsão do comportamento

OBS: Estudo de caso ( estuda apenas aquele grupo) os resultados são aplicados apenas ao grupo estudado, não podendo generalizar


TIPO DE MEDIDAS ( ESCALAS)

VARIÁVEL QUALITATIVA -Intervalar  =Scale
                                               - Razão
Na intervalar o ZERO não é nada é um valor arbitrário.

VARIÁVEL QUANTITATIVA - Nominal = ou #
                                                  - Ordinal, para ordenar

MISSING= Valores em falta,  ou número de ocorrências omissas.

MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL

MÉDIA ARITMÉTICA= É um ponto de equilíbrio representativo de uma série de dados, mas está sujeita a erro, a média é influenciada pelos valores extremos.

MEDIANA= Valor único que ocupa a posição central, o valor que está no centro, ou seja valor que divide a distribuição em duas metades iguais.

MODA= Valor mais frequente, o que ocorre mais vezes.

MEDIDAS DE TENDÊNCIA NÃO CENTRAL

QUARTIS= Valores da variável que dividem em quatro partes iguais, primeiro quartil 25%, segundo quartil 50%, terceiro quartil 75%.

PERCENTIS= Valores da variável que dividem a distribuição em cem partes iguais.

MEDIDAS DE DISPERSÃO

AMPLITUDE= Diferença entre o valor máximo e o valor mínimo da distribuição

INTERVALO DE INTERQUARTIS= Corresponde aos 50% centrais da distribuição, diferença entre o terceiro e o primeiro quartil.

VARIÂNCIA= Medida de variabilidade da distribuição, sendo média dos quadrados dos desvios em relação a média.

DESVIO- PADRÃO= A média dos desvios em relação a média, a raiz quadrada da variância. Quanto maior o desvio padrão maior a dispersão





MEAN= MÉDIA
MEDIAN= MEDIANA
MODE= MODA
RANGE= AMPLITUDE
SUM= SOMA
VARIANCE= VARIÂNCIA
Std. DEVIATION= DESVIO PADRÃO
SKEWNESS= ASSIMETRIA






FONTE: UNIDADE CURRICULAR DE MÉTODOS E INVESTIGAÇÃO EM CIÊNCIAS DO DESPORTO-
 FACULDADE DE CIÊNCIAS DO DESPORTO E DA EDUCAÇÃO FÍSICA

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Lesão Desportiva

MECANISMOS DA LESÃO


MACROTRAUMÁTICA - Entorse, pancada, contusão, estiramento

  • Desencadeia uma incapacidade funcional imediata ou temporária
  • Lesões de cápsulas, ligamentares, meniscos, luxação, dor aguda, picada

MICROTRAUMÁTICA - microlesões que podem tornar-se macro

  • Repetição exaustiva de elementos técnicos da modalidade
  • Execução incorreta de certos gestos técnicos, ou períodos inadequados de recuperação

ACUTE INJURIES - fraturas, entorses, rupturas.

OVERUSE INJURIES- microtraumatismos associados a reprodução excessiva e repetida do gesto desportivo.

TIME-LOSS INJURY- perda de tempo com lesões, atividade interrompida durante o treino.

OBSERVAÇÃO: Atenção as fases pré pubertárias e pubertárias, a intensidade dos treinos podem causar lesões.

PEQUENOS CUIDADOS QUE PODEM EVITAR AS LESÃO:

  • PROPRIOCEPÇÃO
  • CORE
  • HIGIENE ORAL
  • FLEXIBILIDADE
  • CRIOTERAPIA PÓS TREINO

DIAGNÓSTICOS
Quando o atleta é incapaz de acabar o treino= LESÃO
Acaba o treino mas no dia seguinte está incapaz de prosseguir= LESÃO
É capaz de acabar o treino, no outro dia sente dor, mas passado um dia de descanso recupera= NÃO LESÃO

LESÃO NÃO DESPORTIVA= Quando acontece na rua.

LESÕES MÚLTIPLAS= Choque mais entorse.

DIVISÃO DAS LESÕES:
  • CABEÇA PESCOÇO
  • MEMBROS SUPERIORES
  • TRONCO
  • MEMBROS INFERIORES
Uma lesão pode ser recorrente quando se reinicia em menos de 12 meses.
  • EARLY RECURRENCE, < 2 meses
  • LATE RECURRENCE, 2- 12 meses
  • OCORRÊNCIA INDEPENDENTE, >12 meses

CATEGORIAS DA LESÃO
  • FRATURA ÓSSEA= fratura exposta
  • ARTICULAÇÕES = luxação, rotura de ligamento, lesão de menisco
  • MÚSCULOS E TENDÕES = cãibra, bursite, ruptura tendinosa
  • CONTUSÃO = hematoma
  • LACERAÇÕES E LESÕES CUTÂNEAS = lesão abrasiva
  • SISTEMA NERVOSO= processos traumáticos
  • OUTRAS= dentição

LESÃO AGUDA = Dor + Edema + Rubor + Calor


LESÕES CRÔNICAS = Tempo de prática esportiva + se mantém superior há 3 meses+ acontece períodos agudos.

FATORES EXTRÍNSECOS DA LESÃO: Equipamentos, erros nos gestos, limitações técnicas, tempo de recuperação, opções de planejamento.

FATORES INTRÍNSECOS: Crescimento maturacional, dismetrias, alterações biomecânicas nos pés, tensões musculares, disfunções hormonais, fatores psicológicos.

PRINCÍPIOS QUE DEVEM SER TOMADOS NA OCORRÊNCIA DA LESÃO


R - REPOUSO                                                        
I - ICE ( GELO)                                           
C - COMPRESSÃO
E - ELEVAÇÃO

A ELEVAÇÃO, O MEMBRO AFETADO DEVE FICAR ACIMA DO DIAFRAGMA ( EM RELAÇÃO)
  • MANTER Á CALMA 
  • DAR ATENÇÃO AO ATLETA
  • LOCALIZAR A LESÃO
  • COLOCAR O GELO
  • IMOBILIZAÇÃO ( COMPRESSÃO PARA EVITAR HEMORRAGIA)
  • REPOUSO


APLICAÇÃO + COMPRESSÃO

8 minutos de gelo = vasoconstricção 
9, 10, 20, 30 minutos = vasodilatação ( Hiperemia Reativa)

VOLTA-SE APLICAR GELO QUANDO A INFLAMAÇÃO RETOMAR, NÃO EXISTE UMA REGRA GERAL, DEPENDE DE CADA INDIVÍDUO

LESÕES + RUBOR+ EDEMA + CALOR = APLICAÇÃO DE GELO

LESÕES AGUDAS NUNCA MASSAGEAR ( TENDO CERTEZA QUE NÃO É UMA LESÃO VASCULAR)





FONTE: UNIDADE CURRICULAR FISIOPATOLOGIA E LESÕES DESPORTIVAS, FACULDADE DE CIÊNCIAS DO DESPORTO E DA EDUCAÇÃO FÍSICA.