sábado, 31 de março de 2012

Treinamento Local Funcional - Resistência Elástica Progressiva



Certificação Theraband

Tipos:
Latex Exercise  Bands
Disponíveis em 8 cores diferenciadas que correspondem a códigos de resistência
O seu uso adequado em exercícios de resistência
Branco sujo/extra fino
Amarelo/ fino
Vermelho/ médio
Verde/forte


Banda x tubos
Propriedades biomecânicas similares
Produção de força similar
Depende da preferência individual
Enrolar VS. Pega mais fácil
Bandas disponíveis com asas

Precauções sobre medida e segurança;
Para alérgicos, usar banda sem látex;
Evitar exercícios que possam ressaltar na cabeça e protege os olhos;
Utilização de óculos especial para proteger os olhos;
Sempre examinar as bandas e tubos procurar micro roturas;
Assegurar a distância entre alunos;
Correta execução;
Não estirar mais que 300% ( 3 vezes mais que o repouso);
Guarda longe do sol e temperaturas altas;
Devem ser limpas, podem ser utilizadas em água, se for usada em piscinas depois lavar com água normal e seca, também com muito suor deve ser limpo;
Seca a e passar  talco.

Band loops
Bandas em circuito contínuo, com tamanhos distintos e cores distintas, servem mais para exercícios terapêuticos em recuperação do que fitness.
Pode ser utilizada tanto nos pés quanto na perna.
Vendidas a multi packs de progressão.

Rockers na wobble e Boards
Oferece uma superfície instável, trabalho proprioceptivo e de estimulação sensorial e reações posturais, uso de reabilitação de joelhos e tornozelos.

Stability trainers
Verde, azul, preto;
Oferece um sistema progressivo de treino transitório;
Verde-firme, azul-suave, preto-extra suave.

Stability Disc
Estabilização do core, agachamentos, abdominais;

Soft weights
Branco sujo, amarelo. Vermelho, verde, azul, preto;
O tamanho da bola não aumenta de acordo com o peso;
Em termos de relação a força é relativo, é mais funcional  progressão do exercício bilateral e unilateral.

Exercise station
Treino progressivo de força, treino progressivo de equilíbrio, fortalecimento dos membros inferiores e superiores, fortalecimento do core, exercícios de step, programas de reabilitação.

Flexbar barras de fuerza
Disponíveis em três níveis de resistência
Vermelho, verde, azul;

Local Funcional
Uma ação que imita parcialmente ou completamente os padrões musculares coordenados associados com movimento humano.
O que é funcional é relativo de pessoa para pessoa, a depender da rotina de cada um.
Funcional Fit.

Benefícios
Desenvolvimento da capacidade física treinada, ex: força, resistência muscular.
Desenvolvimento de padrões motores;
Melhoria da postura estática e dinâmica;
Melhoria da agilidade e controle dos movimentos que exijam mudanças de direção.

Progressões
Ativações musculares, ativação isolada dos estabilizadores;
Integração de estabilização postural e movimentos simples;
Integração de estabilização postural estática e dinâmica;
Desenvolvimento de força, endurance muscular e equilíbrio mobilidade;
Integração de movimentos explosivos.

Características padrões de movimentos primários
Características gerais
Transferência/especificidade;
Desenvolver os padrões motores básicos;
Desenvolvem a capacidade biomotoras;
Reflexo de correção;
Estabilização;
Melhoria postural;
Do isolamento á integração.

Aplicação
Aulas de grupo;
Contínuo, intervalado, circuito;
Condicionamento para atletas;
Treino personalizado;
Reabilitação.

Movimentos primários
Agachar, avançar, locomover-se.

Sequencia de efeitos de cadeia cinética:
Core;
Lateral;
Anterior;
Posterior;
Rotacional;

Como deve ser:
Progressão do treino do instável para o estável, do estático para o dinâmico;
Isolando os estabilizadores, com contrações de resistência, manter o controle e velocidade.
O trabalho pode ser isométrico, isométrico combinado com dinâmicos;
Sempre controlando o alinhamento e a postura.
Movimentos rápidos com movimentos lentos, trabalha maior envolvimento cardiovascular;
Trabalho concêntrico e excêntrico;
Com alguma isometria em tempo mais curto;
Intensidade da banda elástica deve ser adequada para cada grupo de trabalho;
Trabalho de resistência de baixa intensidade 20-25 RM.
Trabalho de resistência alta intensidade e velocidade 10-12 RM.
Força e potência 3-6 RM.
Escala de esforço percebido pelas bandas elásticas,de acordo com a pegada no elástico se for mais à extremidade ou mais ao centro muda a intensidade da tensão do elástico
Quanto mais na extremidade menor a tensão do elástico, quanto mais ao centro maior a tensão do elástico.
Trabalhos com bandas elásticas são menos lesivos, quando adaptados em uma amplitude correta e um controle postural dão mais benefícios que o treino com máquinas.

O treinamento funcional não deve ser exclusivo para o treino de um atleta ou indivíduo deve ser complementar, adicional, progressivo com níveis de funcionalidade.
Para trabalharmos em instabilidade devemos trabalhar em intensidades mais baixas com alta ativação do recrutamento das fibras lentas e rápidas.


O treinamento funcional em superfícies instáveis se não for executado de forma correta, por um indivíduo condicionado, pode causar lesões e alguns casos diminui rendimento de atletas por conta da recrutação diferente do gesto desportivo.

Bom para processos de reabilitação.

Principiantes: aprender a ativas os multifidus e os transversos.

Intermediários: continuar com os exercícios de estabilização e condicionamento muscular em variante algo mais intensa.

Avançados: atividades completas movimentos resistidos mais complexos e dinâmicos
Se quisermos produzir alto rendimento, alcance e melhora do condicionamento é indicado fazer o treino de força máxima em terreno estável, neste caso não devemos trabalhar com materiais instáveis, como bola, prancha.
Se não for trabalhar a força máxima em picos pode ser trabalhado com exercícios de equilíbrio instáveis.
Antes do treino deve-se ter uma aprendizagem do treino, saber como utilizar os materiais, ter consciência do que esta a fazer.
A comparação em treino do banda elástica, e o treino com pesos livres a recrutação e adaptação da força muscular é a mesma.

Juan Carlos Colado




sexta-feira, 30 de março de 2012

Conceitos do Treinamento Desportivo

A noção de treino, é entregue nas mais variadas áreas, abrangendo um processo que, através de exercícios, visa a atingir um nível mais elevado na área do objetivo previsto. Universalmente o treino desportivo tem como um dos seus objetivos obter um rendimento desportivo máximo com o fenômeno da SUPERAÇÃO. O treino desportivo procura assegurar-se de uma eficência máxima, com um dispêndio energético mínimo e uma recuperação rápida para cada atleta em uma modalidade competitiva. 
A preparação de um praticante ou de uma equipa para uma competição desportiva pretende conseguir que estes sejam capazes de resolver as situações que enfrentam durante a competição, procurando obter vitória através:
  • do domínio das ações técnicas e dos comportamentos tácticos de um determinada modalidade;
  • da adaptação do organismo aos esforços intensos solicitados pela competição; e,
  • da habituação progressiva dos praticantes ás exigências psico-emocionais da competição.
Se bem que a problemática profunda do treino desportivo se vincule prioritariamente á prática desportiva de alta e média competição não podemos desligá-los da prática desportiva de caráter recreativo e de manutenção. Os princípios e os aspectos assinalados no conceito de treino desportivo mantêm-se válidos só variando a sua latitude e aplicação e os limites dos seus objetivos.
Os cinco conceitos fundamentais e "tradicionais" do treino desportivo: o treino e a treinabilidade, a carga e a cargabilidade, a adaptação e a capacidade de rendimento, a fadiga, e a recuperação, o estado de treino e o estado de preparação.
O treino é um processo pedagógico que visa desenvolver as capacidades técnicas, tácticas, físicas e psicológicas dos atletas no quadro específico das situações competitivas através da prática sistemática e planificada do exercício, orientada por princípios e regras devidamente fundamentadas no conhecimento científico. Aumenta os limites de adaptação do indivíduo ou grupo de indivíduos com a finalidade de atingir com o máximo de rendimento e sob um regime de economia do esforço e de resistência á fadiga um resultado pré-estabelecido de acordo com uma previsão anterior. 

A treinabilidade exprime o grau de adaptabilidade e de modificação positiva do estado informacional, funcional e afetivo do(s) praticante(s) como resultado dos efeitos do exercícios de treino.
A carga é o elemento central do sistema de treino, compreende no sentido lato o processo de confronto do praticante com as exigências que lhe são apresentadas durante o treino, com o objetivo de optimizar o rendimento desportivo. A carga pode ser definida de acordo com a natureza, grandeza e orientação.
A natureza da carga pode ser denominada das cargas de treino ou de competição, cargas específicas e não específicas e cargas em função da época desportiva.
A grandeza da carga é determinada pela importância das solicitações ( fraca, média, elevada, ou máxima) exigidas aos praticantes, sendo avaliada sob dois tipos de índices: externos e internos.
A orientação da carga é definida pela qualidade ou capacidade que é potencializada ( no plano, físico, técnico, táctico, ou psicológico) e pela fonte energética predominantemente solicitada ( processos aeróbios, ou anaeróbios). Esta orientação pode ser classificada em seletiva e complexa.
A adaptação é a reação natural do organismo quando as cargas de treino são aplicados regular, metódica e sistematicamente criando um novo estado de equilíbrio qualitativamente superior através das progressivas modificações neurológicas, biológicas, fisiológicas e psicológicas. A dinâmica da adaptação é consubstanciado pela dinâmica da carga. Neste sentido, o ser humano para além da capacidade de reagir a estímulos, quando estes possuem uma certa intensidade e quando são aplicados regularmente, tem também a capacidade de se adaptar, criando as condições mais favoráveis ao aumento do rendimento desportivo dos praticantes e das equipas. 
A fadiga é considerada um importante fator de mobilização dos recursos funcionais e , neste sentido, um potente fator de adaptação. Completamente, a fadiga intervem na limitação do volume de treino e na frequência na prestação desportiva.
A recuperação após uma aplicação de uma carga de treino, a capacidade de trabalho do organismo vai evoluir de um forma sistemática na qual podemos distinguir quatro etapas: diminuição das capacidades, supercompensação e estabilização num nível próximo do inicial. Com efeito, após o trabalho, sobrevém um período durante o qual as possibilidades de adaptação do sistema funcional é reforçado. Logo, o treino tem por objetivo tirar partido dessa elevação de possibilidades de adaptação para solicitar cada vez mais.

Fonte: Metodologia do Treinamento Desportivo, Jorge Castelo; Edições FMH- Universidade Técnica de Lisboa.